top of page

Como contestar um auto de infração com eficácia: guia completo para contribuintes

  • Foto do escritor: Carolina Avelar
    Carolina Avelar
  • 8 de out.
  • 4 min de leitura

Poucas situações causam tanto desconforto a um contribuinte quanto receber uma autuação fiscal. A carta chega e, de repente, lá está: um valor alto a pagar, prazos correndo e termos jurídicos que parecem outra língua.

 

É nesse momento que agir corretamente faz toda a diferença entre resolver o problema e vê-lo se transformar em uma execução fiscal.

 

Neste artigo, vou explicar de forma simples o que é uma autuação fiscal, quais são seus direitos, os prazos que você precisa observar e como montar uma defesa eficaz para evitar prejuízos maiores.

 

E, mais importante: mostrar por que a estratégia jurídica adequada logo no início pode evitar dores de cabeça (e prejuízos) no futuro.


ree

O que é uma autuação fiscal e por que ela acontece

A autuação fiscal é um ato formal da Fazenda Pública em que o Fisco comunica ao contribuinte que identificou alguma irregularidade no cumprimento das obrigações tributárias — como erro de cadastro e classificação fiscal (NCM), falta de pagamento de tributos, erros na escrituração contábil ou emissão incorreta de notas fiscais.

 

Em termos simples, é como uma “multa” acompanhada de uma cobrança.


Geralmente, ela vem acompanhada de um Auto de Infração ou documento equivalente, que detalha:

  • O tributo supostamente devido;

  • O valor principal, juros e multas aplicadas;

  • A fundamentação legal da cobrança;

  • O prazo para apresentar defesa.

 

Importante: autuação não é condenação. É uma acusação administrativa, e você tem todo o direito de contestá-la.


Prazos: o tempo joga contra você

O prazo para apresentar defesa varia conforme o ente federativo e o tipo de tributo, mas costuma ser de 20 a 30 dias contados do recebimento do auto de infração (a depender do órgão autuador).

 

Se você perder esse prazo:

  • A cobrança será considerada definitiva;

  • O crédito tributário será inscrito em dívida ativa;

  • E pode se transformar rapidamente em uma execução fiscal.

 

Portanto, agir dentro do prazo é o primeiro passo para uma defesa eficaz.


Como contestar uma autuação fiscal: passo a passo prático

1. Analise minuciosamente o auto de infração

Antes de qualquer coisa, leia atentamente o documento recebido. Verifique se estão corretos:

  • Os dados do contribuinte (CNPJ/CPF);

  • O período fiscal apontado;

  • A base de cálculo e o valor cobrado;

  • As fundamentações legais utilizadas.

 

Muitas autuações possuem erros formais ou materiais que podem anulá-las por completo.


2. Reúna documentos e provas

Toda defesa precisa ser fundamentada. Junte:

  • Livros fiscais e contábeis;

  • Notas fiscais e comprovantes de pagamento;

  • Declarações entregues ao Fisco;

  • Comunicações com a Receita.

 

Esses documentos podem demonstrar que não houve irregularidade ou que o valor autuado está incorreto.


3. Elabore a defesa administrativa com estratégia jurídica

A defesa administrativa (também chamada de impugnação) é o momento de apresentar sua versão dos fatos e contestar os fundamentos da autuação.


Aqui, um advogado tributarista faz toda a diferença, porque é comum que a autuação tenha vícios técnicos que um leigo não consegue identificar.

 

Os principais argumentos utilizados em defesas são:

  • Inexistência de fato gerador do tributo;

  • Erro na base de cálculo ou na aplicação da alíquota;

  • Decadência do crédito tributário;

  • Nulidades no procedimento de fiscalização.

 

Dica: Cada argumento deve ser acompanhado de provas e fundamentação legal.


4. Acompanhe o processo administrativo

Após a apresentação da defesa, o processo seguirá para julgamento pela autoridade administrativa competente. Caso a decisão seja desfavorável, ainda é possível apresentar recurso ao Conselho de Contribuintes ou Tribunal Administrativo Fiscal.

 

Enquanto o processo administrativo estiver em andamento, a exigibilidade do crédito tributário fica suspensa. Isso significa que você não pode ser inscrito em dívida ativa nem sofrer execução fiscal nesse período.



Erros comuns que prejudicam sua defesa

  • Ignorar o prazo – mesmo a melhor defesa do mundo perde valor se for apresentada fora do tempo.

  • Responder sem estratégia jurídica – uma resposta mal elaborada pode dificultar recursos posteriores.

  • Não buscar apoio especializado – muitas autuações poderiam ser anuladas ainda na esfera administrativa se contassem com atuação técnica desde o início.


O que fazer se a defesa for negada

Se, mesmo após todos os recursos administrativos, a autuação for mantida, o contribuinte ainda tem caminhos:

  • Quitar ou parcelar o débito, para evitar maiores encargos;

  • Ingressar com ação judicial, caso existam fundamentos legais para contestar a cobrança no Judiciário.

 

Em alguns casos, a via judicial pode ser estratégica para suspender a exigibilidade do crédito e discutir a legalidade da autuação.


Agir rápido e com estratégia é o que muda tudo

Receber uma autuação fiscal não significa que você está condenado a pagar o valor cobrado. Em muitos casos, a cobrança é indevida, exagerada ou baseada em interpretações equivocadas da lei.

 

Quanto mais rápido você procurar um advogado tributarista, maiores são as chances de anular a autuação ainda na esfera administrativa — evitando inscrição em dívida ativa, execução fiscal e bloqueio de bens.

 

Se você recebeu uma autuação fiscal e não sabe por onde começar, entre em contato. Meu escritório atua justamente nesses casos, criando estratégias personalizadas para proteger o seu patrimônio e o seu negócio.



 
 
 

©2018 by Carolina Avelar. Proudly created with Wix.com

bottom of page